quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A-mula-dores...


Durante muitos anos percorreram as ruas e estradas do velho Porto e arredores, nomeadamente de Couce anunciando, através do som inconfundível do realejo, o arranjo imediato de guarda-chuvas, sombrinhas, tachos, panelas, facas e tesouras.

Hoje, verdadeiros resquícios do passado, restam muito poucos, entre os quais Tóne Cutelo, 92 anos, um dos últimos amoladores ainda em activide"-Já ando nisto há 80 anos, mas os clientes são cada vez menos. Às vezes, mal dá para ir à brucha. As pessoas preferem ir à loja dos chineses e comprar umas tesouras ou um guarda-chuva novos do que arranjar o material avariado. Mas se fizessem bem as contas, iam perceber que perdem muito dinheiro com isso", assegura Tóne Cutelo.


Morador na Ínsua de Couce, Tóne Cutelo anda, por estes dias, pelo Monte do Castiçal e Serra da Pia, juntamente com um irmão e um sobrinho e dois correligionários, cada qual com a sua "oficina" montada numa bicicleta e que mais parece um escarrador a pedal.

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