sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Fachada da Junta de Couce


Para os animais da Junta puxarem os carros, lavrarem e fazerem todos serviços que hoje fazem têm que ser amansados. Alguns são mais resistentes, outros metem a cabeça no jugo com mais facilidade. É um trabalho feito com temeridade. Os animais são domesticados à força de muita porrada. Depois, ou ficam mansos, ou são declarados irremediavelmente bravos. Sendo esse o caso, encurtam, normalmente, a distância de tempo que os separa da próxima feira, ou do matadouro. Para amansar tem que ser com uma cria mansa, se não não dá. A mansa pega na brava. O bem desencaminha o mal... Uma vez, Quim Tóne e o Manel Chanfana compraram um boi que estava bravo. Metemo-lo no meio dos outros dois e foi de rastro. Batíamos-lhe, mas não se levantava, até que tivemos que o deixar. Não quis, mas muita porrada levou. Os outros eram dois bois como dois armários. Quando eram mais bravos, os bois não poderiam ter a sorte de encontrar ninguém indefeso. Bravo, tivemos, em Couce de Cima, um touro que já tinha sete anos, mas eu tinha 23 anos. Até era da coberta. Um dia lá estaria mal disposto e foi para se atirar a mim...salvo seja! Preguei-lhe com as guinchas nos cornos, só não morreu porque não calhou. Mas a maioria dos bois e das vacas são obedientes, ou têm que ser, aliás são muito respeitadores e educadinhos.

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