sábado, 23 de janeiro de 2010

Quero o meu amor


Quero estropiar o nosso amor
Cortar-lhe as asas
Vazar-lhe os olhos
Trilhar-lhe os dedos
E gemer...

Quero meu amor experimental
Espremer-lhe espinhas
Embriagá-lo
Desinfectá-lo
E dormir...

Quero o meu amor descapotável
Furar-lhe os tímpanos
Cortar-lhe as veias
Amordaçá-lo
Pisar-lhe os calos
Arranhá-lo...

Quero estropiar o nosso amor
Cortar-lhe as asas
Vazar-lhe os olhos
Trilhar-lhe os dedos
E gemer...

Quero o meu amor descapotável
Furar-lhe os tímpanos
Cortar-lhe as veias
Amordaçá-lo
Pisar-lhe os calos
Arranhá-lo...

Quero o meu amor descapotável
Furar-lhe os tímpanos
Cortar-lhe as veias
Amordaçá-lo
Puxar-lhe os pêlos
Arranhá-lo...

O meu amor cabe na cova que lhe abri
O meu amor cabe na cova de um dente
O meu amor cabe na cova que lhe abri
O meu amor cabe na cova de um dente
O meu amor cabe na cova que lhe abri


Poema: Regina Guimarães

Voz: Anabela Deus

Piano, contrabaixo e acordeão: Alexandre Soares

Música: Três Tristes Tigres

Balão: Remax

2 comentários:

trica espinhas disse...

agora percebo a tristeza dos tigres...para ser balonista é preciso saber acender a chama e mante-la sempre acesa.

trinca espinhas disse...

agora percebo a tristeza dos tigres...para ser balonista é preciso saber acender a chama e mante-la sempre acesa.