quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Odisseia em Couce

23 comentários:

Mimo disse...

Prometo que ponho esta coisa a dar.
Por favor não mexer senhor administrador, a técnica volta.

Agora vou só a Couce tomar um cafézito para arrebitar ideias!

E se não voltar hoje é porque o cheirinho do café foi exagerado, mas volto amanhã para pôr a coisa em ordem.

cinéfilo disse...

Vamos lá pôr e porque não sois galinha, certamente quero dizer...colocar esta geringonça a trabalhar que estou curioso de ver essa odisseia que me entusiasma até aos ossos, até porque este ano estou com fome cinéfila dado que me ausentei do fantasporto. aguardo ansiosamente dona técnica do cheirinho bagacistico.

cinéfilo 2 subscreve o anterior disse...

Vamos lá pôr e porque não sois galinha, certamente quero dizer...colocar esta geringonça a trabalhar que estou curioso de ver essa odisseia que me entusiasma até aos ossos, até porque este ano estou com fome cinéfila dado que me ausentei do fantasporto. aguardo ansiosamente dona técnica do cheirinho bagacistico.

cinéfilo disse...

De repetente, o cinzento e sisudo Mike Leigh deixou-se dominar pelo sorriso colorido de Sally Hawkins. É o que parece neste delicioso «Um Dia de Cada Vez» (mais uma tradução redutora face ao original Happy-Go-Lucky), obra cujo propósito é evidenciar o poder da alegria.

E até onde pode ir a boa disposição? Muito longe, contagiando tudo e todos, até quem não quer dar uma cedência à depressão e ao isolamento.

As premissas deste filme genuinamente britânico são tão simples quanto sinceras. O objectivo é apenas o de seguir os passos de Poppy, uma professora primária numa escola dos subúrbios londrinos, que optou por ser feliz. Apenas isso. Sempre afável, tem um visual muito próprio - feito de roupas exuberantes e botas de salto pontiagudo - e uma atitude descomprometida perante a vida. Às críticas de que é boazinha de mais, a protagonista responde com uma piada. Aos apupos pela sua irritante gargalhada, Poppy apenas se limita a repeti-la. E logo ao fim de poucos minutos o espectador está rendido pela singeleza das suas intenções.

Hábil na criação de personagens, o realizador de «Vera Drake» dá descanso ao pessimismo e volta a construir com particular sensibilidade a figura de Poppy. Afinal, o filme gira totalmente em seu torno. E é pelo seu olhar doce que conhecemos a irmã mais nova que está prestes a ser mãe, o aluno problemático da sua turma ou o seu instrutor de condução.

Neste ponto, o cineasta supera-se porque a evolução da relação entre a personagem de Sally Hawkins e o instrutor maníaco vivido com particular engenho por Eddie Marsan (repetente às ordens de Mike Leigh) expressa muito bem até onde podem ir duas personalidades antagónicas. O crescendo de tensão faz-se ao mesmo tempo que nos vamos afeiçoando às duas figuras, o que torna o desfecho ainda mais surpreendente.

Mas, antes, já Poppy nos mostrou que é possível ser-se feliz nos dias de hoje. Seja numa aula de flamenco que se transforma num espaço de libertação afectiva, ou numa saída até às tantas com as amigas de sempre. Poppy é luminosa, verdadeiro farol num quotidiano de pessoas apagadas.

«Um Dia de Cada Vez» chegou às salas nacionais com algum atraso e não teve a exibição merecida. Nos Óscares também foi esquecido, com excepção da justa nomeação para a estatueta dourada de Melhor Argumento Original. Devia tê-la ganho. Porque a sua história episódica, e adepta de um realismo sensível, é prodigiosa no modo como nos mostra como o mundo é para Poppy.

E falar deste filme sem sublinhar Sally Hawkins é o mesmo que falar de «Casablanca» e esquecer Paris. A jovem actriz britânica, que começou por dar nas vistas na televisão, mas que já entrou em «O Sonho de Cassandra», de Woody Allen, é uma revelação. Prodigiosa na forma como se entrega à figura que é a alma da história, foi justamente galardoada com o Urso de Prata de Melhor Actriz no Festival de Berlim e até causou surpresa ao ganhar um Globo de Ouro. Afinal, ser feliz até compensa!

lauro dérmio disse...

I DO NOT SEE THE POINT OF A HORN - Não vejo a ponta dum corno LOWER THE STONE - Arrear o calhau ChANGE THE WATER TO THE OLIVES - Mudar a água às azeitonas THAT STAYS IN JUDAS'ASS - Isso fica no cú de Judas HORSE FEET OF CORK - Cascos de rolha IF YOU DON'T DOORS WELL, YOU ARE HERE YOU ARE EATING -Se não te portas,bem tás aqui tás a comer PUT YOURSELF IN THE EYE OF THE STREET - Põe-te no olho da rua I'LL MAKE YOU INTO AN EIGHT - Faço-te num oito PUT YOURSELF AT STICK - Põe-te a pau UNSTOP ME THE STORE - Desampara-me a loja GIVE ROPE TO THE SHOES AND SPLIT YOURSELF - Dá corda aos sapatos e pira-te PUT YOURSELF AT MILES - Põe-te a milhas EASE THE GUTS - Aliviar a tripa PUT YOURSELF IN THE "LITTLE FEMALE GARLICK" - Põe-te na alheta WALKING AT THE SPIDERS - Andar às aranhas WATCH PASSING SHIPS - Ver passar navios GIVE IN THE VIEWS - Dar nas vistas SON OF THE MOTHER - Filho da mãe DAY OF THEY ARE NEVER IN THE AFTERNOON - Dia de S.Nunca à Tarde YOU'LL CATCH IN THE NOSE - Vais apanhar no nariz YO, SHOVE - Oh pá BAD, BAD MARY - Mau, mau Maria AS GOOD AS CORN - Boa como o milho GO COMB MONKEYS - Vai pentear macacos YOU ARE NOT A MAN, YOU ARE NOTHING - Não és homem, não és nada I'D JUMP INTO HER SPINE - Saltava-lhe para a espinha EVEN THE TOMATOES FELL INTO THE GROUND - Até os tomates caíram ao chão

lauro dérmio disse...

FACE OF ASS - Cara de cú TAKE MONKEYS OF THE NOSE - Tirar macacos do nariz GO GIVE BATH TO THE DOG - Vai dar banho ao cão AM DONE TO THE STEAK - Estou feito ao bife I AM SAND-PAPERED - Estou lixado SMART AS A GARLICK - Esperto como um alho THROW A MOUTH - Mandar uma boca GROW WATER IN THE MOUTH - Crescer água na boca DEDICATE YOURSELF TO FISHING - Dedica-te à pesca TO BE IN THE JAM - Estar na marmelada PUT YOURSELF WALKING - Põe-te a andar EYES OF LAMB BAD DEAD - Olhos de carneiro mal morto CRACK THE PEACH TREE - Esgalhar o pessegueiro A GIRL ALL PEALED - Uma miúda toda descascada EAT A MULE - Comer uma mula LOOKS LIKE AN OX LOOKING AT A PALACE - Pareces um boi a olhar para um palácio SWITCH-PAINTS - Troca-tintas TO BE IN THE PAINTS - Estar nas tintas SPREAD-ASHES - Espalha-brasas PASS BY THE ASHES - Passar pelas brasas TAKE WATER IN THE BEAK - Levar água no bico WHICH WHAT WHICH CAP - Qual que qual carapuça THINGS OF THE ARCH OF THE OLD WOMAN - Coisas do arco da velha IT NEEDS TO HAVE CAN - É preciso ter lata TALK CHEAP - Fala barato THERE IS WHO HAS CAN FOR ALL - Há quem tenha lata para tudo TO THE EYE - Até à vista WITH MY BETTERS MESUREMENTS - com os meus melhores cumprimento

aequilibrios disse...

em Couce passam-se cenas do caralho!!!!

katano disse...

foda-se, mas afinal há ou não há luz á noite em Couce?!

a girl all pealed disse...

mas onde é que está o burro do vicente?! e eu sempre a ver quando ia aparecer o burro no filme!...

I DO NOT SEE THE POINT OF A HORN disse...

couce é mesmo fantasmagóricú

TO BE IN THE JAM disse...

eu acho que conheço aquela merda!...

napalm disse...

let's look at a trailer!admira-me não ouvir o barulho das águas do rio couce

paulo disse...

hilariante ó Tones!!!ri-me de caralho

blue´s disse...

Digo o mesmo,em couce passam-se mesmo cenas de outra dimensão!...

caguei-me a rir, mas aliviei a tripa disse...

esta cena foi filmada de uma janela de certeza, eu já lá estive mas foi de dia.

vê-se bem que é feito por amadores disse...

fui comprar flores para o meu Amor e por isso não fui ao fantasporto, mas bendita a hora que me deu para vir aqui, pois gostei do argumento e das vozes e do cenário psicotrópico

comi ovos moles e esforriquei-me todo disse...

Esta obra tem o propósito de evidenciar o poder da alegria.

E até onde pode ir a boa disposição? Muito longe, contagiando tudo e todos, até quem não quer dar uma cedência à depressão e ao isolamento.

As premissas deste filme genuino são tão simples quanto sinceras. Hábil na criação de personagens, o realizador de «Vicente de Couce» dá descanso ao pessimismo e volta a construir com particular sensibilidade a metafora da alegria. Afinal, o filme gira totalmente em seu torno.
A evolução da relação entre as personagens expressa muito bem até onde podem ir as duas personalidades. O crescendo de tensão faz-se ao mesmo tempo que nos vamos afeiçoando às duas figuras, o que torna o desfecho ainda mais surpreendente.

Mostra-nos que é possível ser-se feliz nos dias de hoje. Seja numa mata ou numa montanha que se transforma num espaço de libertação afectiva, ou numa saída até às tantas com as amigas de sempre. Ela é luminosa, verdadeiro farol num quotidiano de pessoas apagadas.

Esta história episódica de um realismo sensível, é prodigiosa no modo como nos mostra como saber viver é uma arte.

Mimo disse...

Vocês comovem-me!

cristais de quartzo disse...

viva a alegria em Couce!!!

hoje tomei um café e comi um donut disse...

´la vita é bella!!1

sempre disse que no trouquelas se comia bem o cozido à portuguesa disse...

couce de noite parece Paris de dia e Nova Yorque ao amanhecer

Napalm, o autêntico disse...

Eu depois disto fiquei com bontade de cagar pra ber se aparece uma passarinha pra me limpar o cu

ramestein disse...

a anterior fez-me alembrar aquela do sapateiro que tinha uma cadeira furada para o seu cão lhe lamber o cu enquanto cozia os sapatos e dava uma keka, mas tinha o dilema de não saber o que gostava mais