quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Padralhices


A padralhada anda a passar-se, agora tiveram a ideia peregrina, ou missionária, de apelar à campanha para evitar que o people vote nos partidos que defendem o casamento homossexual.

Dizem eles que há problemas muito mais prementes na sociedade portuguesa do que legalizar o casamento homossexual. Talvez até haja, mas então porque trazer para a ribalta este problema e não o do desemprego, da corrupção, da pedofilia, entre tantos e tantos outros? Quem é que está a dar visibilidade ao problema? Para quê preocuparem-se tanto com isto quando há tantas coisas para discutir? Quem é que quer o quê?

Será que ainda, na mente de alguns, vivemos na Idade Média? Será que a padralhada pretende fazer um upgrade da caça (com cedilha mesmo) à bruxas? Será que vai ser reabilitado o tribunal do santo ofício? Srá que de novo vamos ver pessoas condenadas por denúncias anónimas por atentarem contra o pudor e os bons costumes?

Foda-se!

Perdoa-os senhor que eles não sabem o que fazem!

Porque é que a padralhada não se preocupa com o que se passa nos seminários? Porque é que não se preocupam em combater o celibato eclesiástico? Porque é que ainda defendem os vícios privados e as públicas virtudes?

Hipocrisia!

A padralhada está ao nível das cretinices socráticas, que só traz para a ribalta os assuntos que acha que lhe pode render votos, porque Sócrates vai perder as eleições pela esquerda e não pela direita, por isso tenta, demagogicamente como sempre, colar-se a valores de liberdade sempre defendidos pela esquerda.

Vivemos, graças a deus, num estado laico, por isso a Igreja que se preocupe com o seu rebanho e que deixe de tentar impor os seus valores à sociedade civil. Que dentro do seu rebanho tenham, as suas opções tudo bem, agora que queiram impor o seu ponto de vista a toda a sociedade é que eu já não posso concordar, ainda por cima com críticas carregadas de hipocrisia.

Talvez se a padralhada desse uma quecas às claras, não fossem tão recalcados e percebessem melhor o significado da palavra liberdade, e o conceito do livre arbítrio.

Dêem uma boas quecas, que dar umas quecas é divinal. Dar umas quecas é estar mais próximo de deus, por isso lutem é contra a imposição de uma norma retrógrada e despida de significado: o celibato.

Sejam celibatários por opção, não por obrigação, mas deixem os outros escolher com quem e como querem dar uma valentes quecas.

Liberdade é cada um poder escolher com quem quer dar umas quecas, seja com pessoas do sexo oposto ou do mesmo sexo, ou ainda se não querem dar queca nenhuma, ou ainda se preferem uma punheta bem esgalhada.

Há quem prefira conviver, com um ou dois, três ou mais, do mesmo sexo ou de sexo diferente, e depois? Qual é o problema?

Há quem seja, por opção, celibatário, monogámico ou poligámico, hetero ou homossexual. Qual é o problema?

Liberdade é isso mesmo, liberdade de escolher.

Cada um de nós é livre de apanhar, ou dar onde quiser, seja no cu ou noutro sítio qualquer, desde que seja uma opção comum e não uma imposição. Desde que se seja adulto e se pratique por opção, não por violentação.

Deixem-se de falsos moralismos e de hipocrisias. Vão mas é dar umas valentes fodas que deus agradece.

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