O poço ou arca de água do Campo de Mijavelhas, actual Campo 24 de Agosto, é de origem medieval e servia para proporcionar o abastecimento de água à cidade, captando mananciais de água para levar para as fontes e chafarizes da cidade, onde os águadeiros se abasteciam. Até Março de 1882, quando foi assinado o contrato para abastecimento ao domicilio entre a Câmara e a Compagnie Général dês Eaux pour l’Etranger, os Portuenses que não possuíssem poços tinham que se abastecer nas fontes. Estas fontes eram abastecidas por cursos de água como o manancial do Campo Grande. Uma das fontes que beneficiava da água deste manancial era abastecida pela arca de água de Mijavelhas, um reservatório desse manancial. Esta arca, desaparecida a fonte, perdeu utilidade e desapareceu. Foi reencontrada, no seu local, aquando das obras para a contrução da estação do metro do Campo 24 de Agosto
O que se encontrou no decorrer das escavações para o Metro foi a arca onde se armazenava a água, constituída por um poço com mais de seis metros de profundidade. A água desta arca, construída no século XVI, além de abastecer o chafariz da Rua Chã, era utilizada para regar campos de cultivo e fazer mover as mós de moinhos que funcionavam para os lados da Quinta do Prado, propriedade do bispo e destinada ao seu recreio e onde, após a vitória dos liberais no Cerco do Porto, foi criado o cemitério chamado do Repouso.
A origem do topónimo Mijavelhas teve origem, segundo uma antiga tradição, no facto de ser por ali que as mulheres se "aliviavam" quando vinham de Valongo e de S. Cosme e mesmo de Couce à cidade, para vender produtos agrícolas e pão nas feiras de S. Lázaro.
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