«O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando somos pequeninas, as mamãs levavam-nos à casa de banho, ensinam-nos a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois a pôr cuidadosamente tiras de papel no perímetro da sanita.
Finalmente instruem-nos: "Nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!" E depois ensinam-nos a "posição", que consiste em balançarmo-nos sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o nosso corpo tenha contacto com o tampo. "A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida.
Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a bexiga está quase a rebentar.
Quando "TEMOS" de ir a uma casa de banho pública, encontramos (QUASE SEMPRE!) uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignano-nos a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de “tou aqui, tou-me a mijar!”.
Finalmente é a nossa vez! E chega a típica mãe-com-a-menina-que-não-aguenta-mais ("A minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente!). Então verificamos por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados.
Finalmente, abre-se um e lançamo-nos lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair. Entramos e vemos que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…Penduramos a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!!Inspeccionamos a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não nos atrevemos a pousá-la lá, por isso penduramo-la no pescoço enquanto vemos como balança debaixo de nós, sem contar que a alça nos desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que fomos metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usamos, mas que temos no caso de…Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixamos as calças num instante e pomo-nos “na posição”…AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as nossas coxas começam a tremer… porque nisto tudo já estamos suspensas no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-nos a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-nos o pescoço!
Nós gostaríamos de nos poder sentar, mas não tivemos tempo para limpar a sanita nem a tapamos com papel; interiormente achamos que não iria acontecer nada, mas a voz da mãe faz eco nas nossas cabeça “nunca te sentes numa sanita pública”, e então ficamos na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-nos e molha-nos até às meias!! Com sorte não molhamos os sapatos… é que adoptar “a posição requer uma grande concentração e perícia. Para distanciar a mente dessa desgraça, procuramos o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio! Então rezamos aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que temos na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na mala temos de soltar a porta… ???? Duvidamos um momento, mas não temos outro remédio. E quando soltamos a porta, alguém a empurra, dá-nos uma trolitada na cabeça que nos deixa meio desorientadas mas rapidamente temos de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritamos: OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!
E assim toda a gente que está à espera ouve a nossa mensagem e já podemos soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras). Encontramos o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazemos tudo para esticá-lo; finalmente conseguimos e limpamo-nos. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhamos a mão toda; ou seja, valeu de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão. Ouvimos algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias: “Alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!
Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da mãe que estaria envergonhadíssima se nos visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, não sabemos que doenças podemos apanhar ali, que até podemos ficar grávidas (lembram-se??)…. Estamos exaustas! Quando paramos já não sentimos as pernas, arranjamo-nos rapidíssimo e puxamos o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante! Depois lá vamos pró lavatório. Está tudo cheio de água (ou xixi? lembram-se do lenço de papel…), então não podemos soltar a mala nem durante um segundo, penduramo-la no ombro; não sabemos como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocamos até sair um jactozito de água fresca, e conseguimos sabão, lavamos as mãos numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água. Nem sequer usamos o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secamos as mãos nas calças – porque não vamos gastar um lenço de papel para isso- e saímos…
Finalmente, abre-se um e lançamo-nos lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair. Entramos e vemos que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…Penduramos a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!!Inspeccionamos a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não nos atrevemos a pousá-la lá, por isso penduramo-la no pescoço enquanto vemos como balança debaixo de nós, sem contar que a alça nos desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que fomos metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usamos, mas que temos no caso de…Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixamos as calças num instante e pomo-nos “na posição”…AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as nossas coxas começam a tremer… porque nisto tudo já estamos suspensas no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-nos a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-nos o pescoço!
Nós gostaríamos de nos poder sentar, mas não tivemos tempo para limpar a sanita nem a tapamos com papel; interiormente achamos que não iria acontecer nada, mas a voz da mãe faz eco nas nossas cabeça “nunca te sentes numa sanita pública”, e então ficamos na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-nos e molha-nos até às meias!! Com sorte não molhamos os sapatos… é que adoptar “a posição requer uma grande concentração e perícia. Para distanciar a mente dessa desgraça, procuramos o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio! Então rezamos aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que temos na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na mala temos de soltar a porta… ???? Duvidamos um momento, mas não temos outro remédio. E quando soltamos a porta, alguém a empurra, dá-nos uma trolitada na cabeça que nos deixa meio desorientadas mas rapidamente temos de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritamos: OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!
E assim toda a gente que está à espera ouve a nossa mensagem e já podemos soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras). Encontramos o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazemos tudo para esticá-lo; finalmente conseguimos e limpamo-nos. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhamos a mão toda; ou seja, valeu de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão. Ouvimos algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias: “Alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!
Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da mãe que estaria envergonhadíssima se nos visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, não sabemos que doenças podemos apanhar ali, que até podemos ficar grávidas (lembram-se??)…. Estamos exaustas! Quando paramos já não sentimos as pernas, arranjamo-nos rapidíssimo e puxamos o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante! Depois lá vamos pró lavatório. Está tudo cheio de água (ou xixi? lembram-se do lenço de papel…), então não podemos soltar a mala nem durante um segundo, penduramo-la no ombro; não sabemos como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocamos até sair um jactozito de água fresca, e conseguimos sabão, lavamos as mãos numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água. Nem sequer usamos o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secamos as mãos nas calças – porque não vamos gastar um lenço de papel para isso- e saímos…
Nesse momento vemos o namorado, marido, amigo (whatever!), que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto esperava. “Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta o idiota.
“Havia uma fila enorme” - limitamo-nos a dizer.
E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura na mala e no casaco, a outra na porta e a outra passa o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só temos de nos concentrar em manter “a posição” e "a dignidade".
Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide ou de agarra-portas!
Agora meus amigos-homens, agora que já sabem, não perguntem nunca a uma mulher porque ela demorou tanto na casa de banho!!! É irritante!!!»
4 comentários:
Nada mais verdadeiro!
coitadas das mulheres...eu no lugar delas fazia xixi na bouça!
É o que já muitas fazem!!!
e eu convencido que as mulheres eram umas mijonas, afinal a história é outra!...
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