segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nascemos para amar


Nascemos para amar; a humanidade
Vai tarde ou cedo aos laços da ternura:
Tu és doce atractivo, ó formusura,
Que encanta, que seduz, que persuade.
Enleia-se por gosto a liberdade;
E depois que a paixão n'alma se apura
Alguns então lhe chamam desventura,
Chamam-lhe alguns então felicidade.
Qual se abismou na lôbregas tristezas,
Qual em suaves júbilos discorre,
Com esperanças mil na ideia acesas.
Amor ou desfalece, ou pára, ou corre;
E, segundo as diversas naturezas,
Um porfia, este esquece, aquele morre.
Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765 - 1805)

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu nasci para amar e ser amada... Tanto amor dei mas, nunca soube o que é ser amada!
Tristeza a minha!

Morfeu disse...

O que é bom nas coisas menos boas é que abrem caminho para coisas bem melhores.

Morfeu disse...

Quer seja louvor, amor, sorriso, alegria ou prazer...quanto mais dermos, mais vamos receber, mas no tempo certo, quando estivermos preparados para receber e em sintonia com essa dádiva, por o Amor ser ilimitado.