Há muitos, muitos anos, nas montanhas entre Pacóvia e Bardamécia e Courátia, na zona do Couceózoico, banhado pelo Oceano Tólãntico, uma tribo de pastores vivia a apascentar ovelhas. Eram pobres, sujos, ordinários, mas muito simpáticos e hospitaleiros. Certo dia, Nobres Templários, que cruzavam o seu território, pediram autorização de pernoita, propondo-se pagar bem por alimentos, uma cama e um tecto. As ovelhas seriam à parte.
Jetéme de Mua-Nonplus, era capitão de uma escolta importante. O líder dos pastores deu guarida aos Templários na melhor tradição da tribo, para que repousassem um noite, confortávelmente. Os cavaleiros transportavam um enorme Baú cheio de cadeados e correntes. Os pastores, intrigados, tentaram perceber a que se devia tamanho contentor e segurança. Os Templários apenas respondiam: "São coisas de Fé, amigo"
Nessa noite, um dos pastores, a quem se atribui a invenção da gazua, não descansou enquanto não abriu o cadeado.
No dia seguinte, os Templários, acordaram na mais profunda paz que as montanhas podem oferecer. A clepsidra fora desligada e dormiram um pesado sono. Note-se que os Templários dormiam com as cotas de malha. Estranharam o silêncio. De pé, como uns lemúres, observaram a paisagem notando, a falta dos pastores das ovelhas e da carroça puxada pela mula com o cofre.
Dos Templários a historia continuou a falar....e dos pastores?! Bem, depois de terem aberto o cofre, a surpresa foi tão grande, que muitos ficaram com tiques irreverssíveis e manientos. Perante o que os seus olhos viam, nada na Bíblia servia de calmante muito menos o chá de Cidreira. Estavam a olhar para o Tesouro dos Templários. Havia ouro, muito ouro, pedras preciosas, figuras esculpidas em jade e âmbar, moedas, prata trabalhada, senhas de desconto, senhas de refeição, e até lá estava o Santo Graal. Uma enormidade de riqueza.
Montados nas ovelhas, os pastores fugiram nessa noite pelo mapa abaixo, rápidamente, sem deixar rasto.
Mais tarde, este acontecimento viria a ser conhecido não por Êxodo, mas por Lãzudo.
Passaram pela Enfúzia, seguiram para a Copofónia pelo caminho do ostrogodo Otto IkEstrada. Continuaram para a Tascózia e Adegânia e foram descendo até ao ponto mais Austral da Europa - Bejéquia.
Tinham ouvido falar, a uns mercenários da Gonorrónia, que havia um Rei que batia na Mãe, mais a Sul.
"É o que precisamos" pensaram eles.
Continuaram a viagem atravessando a península na diagonal, mas de noite, para evitar a AlQueda do Baú em mãos alheias.
Após muitos dias de viagem chegaram a uma planície ribeirinha onde se estableceram com as ovelhas e o Baú, ao que chamaram Lapadócia.... Claro, que a segurança não estava garantida. Houve que fazer artificialmente sete colinas para melhor garantir qualquer tentativa de lhes irem ao Baú.
À medida que faziam as colinas, criaram um intrincado esquema de túneis, que apenas os patronos conheciam e conduziam à câmara do Tesouro. Com as colinas construídas, precisavam de garantir a segurança da tribo. Embora tivessem treinado as ovelhas a ladrar e a saltar ao pescoço de estranhos, um exército, era bem melhor. Mas precisavam de autorização do Rei. Tinham que se tornar senhores Feudais.
Enviaram um mensageiro para pedir uma audiência com o Soberano. Este acedeu, desde que não fossem do Círculo de Leitores e não interrompessem o jantar. Depois de garantidos os pontos requeridos, rumaram a norte para se encontrarem com o Rei. Com um séquito de mais de 300 ovelhas e oferendas chegaram ao castelo senhorial.
Foram recebidos pelo bobo, conhecido por Bobo de Castelo Brinco. "despachai-vos, gentinha...o Rei nãoooo pode esperar. Credo! Detesto ovelhas e campo. Que coisa" E lá ia ele às cambalhotas pela trela de Bete de Gravestalo,a tratadora, até à sala da torre de Ménage Atruá. Assim chamada por se lavar muita roupa suja.
"Ao que vindes?" perguntou o Rei, dando um real estalo na Mãe.
"Senhor, somos pastores pobres e moramos em Lapadócia. Queríamos ser Feudalisados"
"Quereides ser Feudidos?"
"Sim, para podermos Feudar o território"
O rei pensou que era bom ser franchisado no Sul e acedeu.
Batendo com o selo real no pergaminho A4, exclamou: - "Feuda-se......os Pastores"
Já Feudados, os pastores iniciaram uma nova era Senhorial. Desceram até à sua propriedade e começaram a criar um Feudo. Castelo, tropa, agricultores, operários especializados,vagabundos, arrumadores...etc.
O tempo foi passando. Os reis foram descendo até à Ponta de Sagres . O país tomava as suas formas e as suas reformas. Os descobrimentos seguiam para Sul para tentar chegar ao Mateus da Ponte. Os antigos pastores, eram hoje influentes, poderosos e unidos. As ovelhas há muito que tinham sido abandonadas. Dedicavam-se ao mundo dos negócios.
Fiação (emprestar dinheiro a juros), Agricultura (cultura de papoilas e outros “hello, sin-ou-génios”), material de guerra, etc. Como a propriedade tinha vista para o baldio de Campo da Murta, onde haviam zaragatas monumentais com os vizinhos, ganharam bom dinheiro com as apostas criando o primeiro casino do mundo. O famoso Toril, mas por ter umas Eslavas e Brasilienses meio Místicas que tiravam os véus e dançavam a dança do ventre, passou a chamar-se XXXL -Toril.
Anos mais tarde foi alienado por um Feudo vizinho. Que em termos técnicos se dizia "Feuderam-no".
Um dos mais famosos negócios foi a compra da plantação de tabaco ao Marquês da Mata. Hoje a maior marca de tabacos do mundo. Os Tabacos "Mata".
Com os descobrimentos começaram a aparecer outras vias de negócio, especiarias, haxixe, lojas dos 300, escravatura...etc. Em todos a Lapadócia, com a sua capital, Lambóssia, se notabilizou. Sobreviveram aos Romanos, aos bárbaros, aos vikings, aos Franceses aos distribuidores de publicidade e muitos outros.
Com o passar do tempo, rodeada de Olissiponenses, mais conhecidos por "alfaçáicos", por todos os lados e sujeita a enormes pressões da Carris e dos caminhos de ferro da CP, a Lapadócia começou e desagregar-se.
O que outrora fora o centro de tudo, onde nasceu o Don José de Vicente, a Revolução Indústrial e Comercial, a Boeing, o Vinho do Porto, a sementeira de cebolo e de alforrecas, o naval de grelos das vendedeiras da feira de Gens e, atente-se até a Nasa e a Nokia começaram ali, é agora um espaço povoado de habitações sociais onde as pessoas destinam a banheira para a criação de porcos, onde muito zelosamente guardam cavalos nas varandas, e nos demais aposentos albergam galinhas e coelhos vivendo elas próprias nos compartimentos destinados às arrecadações ou às águas furtadas .
As Nobres famílias de então mudam-se para a Serra do Pilar. A capital da Lapadócia, passa a zona periférica de Couce e a Lapadócia perde todo o seu fulgor e explendor dando origem à fundasão da actual Parvónia.
E a desprepósito,...! Cadê o Tóne carago?!!
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